27 junho 2005

Luís Rocha, Enquanto fotógrafo sempre quis ser um contador de histórias

Ao fim de 13 anos de trabalho em fotografia quero registar os meus amigos. Quero oferecer a eles uma parte de mim. Quero fazer um diário de imagens do meu quotidiano. Fotografar uma cidade que me viu nascer e onde cresci. Não pretendo neste conjunto de imagens nada mais que um simples registo, um olhar descomprometido para uma sociedade em constante mutação. Quero fotografar os meus [alguns] cultos, o culto da máquina; o uso da tão famigerada Leica é propositado em termos de pesquisa de uma estética inerente ao uso desta; o culto do P&B que para mim funciona como uma extensão do meu olhar e um retrocesso aos primórdios da minha aprendizagem fotográfica onde me apaixonei por Henri Cartier-Bresson e apreendi os princípios da imagem com o meu amigo Carlos Silva. O culto dos amigos, são eles que constroem a minha personalidade. O culto da noite, da cidade, do sorriso a quem não conhecemos mas abusivamente fotografamos. O culto do lugar.

Pretendo com este trabalho como que homenagear todos os que de uma forma ou de outra me influenciaram e influenciam a minha procura de imagens, quer sejam eles fotógrafos, amigos, conhecidos ou desconhecidos.

Decidi agora repensar a minha fotografia.

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